Você não precisa se certificar o tempo todo

Há alguns dias o colega João Vicente de Paulo começou no twitter uma discussão sobre a tradução de “make sure“, em inglês, sempre como “certifique-se de“.

A rigor, não está errado. O problema é traduzir sempre da mesma maneira, no piloto automático. O texto acaba pesado, não se parecendo com o português que nós usaríamos no dia a dia.

Esta semana, comentei no twitter que consegui traduzir um manual de 37 páginas sem usar o “certifique-se de” nenhuma vez, e me perguntaram quais soluções eu usei.

Então, vamos lá. Antes de mais nada, vale a pena copiar o verbete do Vocabulando:

make sure, be sure

cuidar, certificar-se, exigir, garantir, lembrar-se, procurar, providenciar, tratar de, ter em mente, ter certeza, não se esquecer, não deixar, fazer questão de, tomar cuidado, prestar atenção

* Be sure to perform three repetitions. > Cuidado / Atenção: Repita o exercício três vezes.

* Be sure to lock the door. > Lembre-se, preste atenção, tome cuidado, não deixe de, não se esqueça de fechar a porta.

* I’ll make sure of it. > Vou cuidar, providenciar, tratar disso. / Não vou esquecer.

* Make sure the shop gives you a receipt. > Exija, faça questão do recibo.

* Make sure you understand the rules. > Procure, faça questão de compreender bem as regras.

No caso dos manuais de instruções, também podem ser usadas outras opções. Usando um exemplo tirado da minha memória de tradução:

Make sure the terminals are properly tightened.

Verifique se os terminais estão corretamente/devidamente apertados.
Confirme se os terminais estão apertados corretamente.
Os terminais devem estar apertados corretamente.

Não vou dizer que “Certifique-se de que os terminais estejam corretamente apertados” está errado. Não está, de maneira nenhuma. Não façamos com o “certifique-se” o que andaram fazendo com o gerúndio, perseguir de tal forma que, mesmo estando correto, as pessoas ficam com medo de usar.
A ideia, aqui, é ter outras opções, para que o texto flua bem, sem cara de tradutorês.

Mesa-redonda sobre tradução – Prêmio União Latina 2010

Se você, como eu, não conseguiu ir até a Bienal do Livro para assistir à mesa-redonda do Prêmio União Latina de Tradução Especializada, eis sua chance.

A União Latina colocou no YouTube a mesa-redonda dividida em seis vídeos, que eu reuni em uma lista de reprodução.

Participaram da mesa: Denise Bottmann, Ivone Benedetti, Francis Henrik Aubert, Maurício Santana Dias e Adauri Brezolin.


Como traduzir arquivos .ttx no memoQ

Quando um cliente envia um arquivo .ttx, espera que seja traduzido no TagEditor. Mas, como uso o TE apenas em último caso, traduzo tudo no memoQ. Acho melhor e mais prático, com controle muito melhor da terminologia.

Infelizmente, o método que uso não dispensa o Workbench e o TagEditor nas fases de preparação e finalização.

1. Se o cliente enviou a memória no formato .tmw, abra-a no Trados Workbench (File/Open) e exporte no formato .tmx 1.1 (File/Export).

2. Pré-traduza os arquivos enviados pelo cliente. No Trados Workbench, selecione Tools/Translate/Add, selecione os arquivos que quer pré-traduzir, confirme se as opções correspondem às da figura abaixo e clique em Translate.Pretranslate no workbench

Uma observação importante: se a caixa “Segment unknown sentences” não estiver marcada, o Trados não vai segmentar o arquivo inteiro. A opção precisa estar marcada para ocorrer a segmentação completa. [Valeu pelo toque, Danilo!]

3. Adicione os arquivos pré-traduzidos normalmente no projeto do memoQ.

4. Se o cliente enviou a memória, você pode usar a opção Import from TMX/CSV, no módulo de recursos ou na aba Translation Memories, para incorporar a memória do cliente (que você transformou em .tmx no passo 1 acima) à memória do projeto.

5. Traduza o arquivo normalmente no memoQ.

6. Exporte o arquivo bilíngue, usando a opção Export bilingual/Two-column RTF da aba Translations.

7. Abra o arquivo no Word e passe o corretor ortográfico/gramatical. Salve as alterações.

8. Reimporte o arquivo corrigido no memoQ, usando o comando Import/update bilingual da aba Translations.

9. Confirme os segmentos alterados: selecione no menu Operations/Confirm and Update Rows, marque a opção Edited e clique em OK. Todos os segmentos alterados serão incorporados à memória do projeto.

10. Agora, veja se não esqueceu nenhuma tag. Se isso acontecer o arquivo pode não abrir corretamente no TagEditor ou dar problema na exportação final. No menu, selecione Operations/Resolve Erros and Warnings. Corrija o que precisar, confirmando cada segmento corrigido.

11. Só falta exportar o arquivo. Na aba Translations, selecione Export (dialog) e especifique o local de destino do arquivo. O resultado é um arquivo .ttx bilíngue, exatamente como se tivesse sido traduzido no TagEditor.

12. Prontinho. Por via das dúvidas, abra o arquivo no TagEditor para confirmar que não deu nenhum problema. É raro, mas pode acontecer.

Observação importante: para que o arquivo final seja bilíngue é indispensável a pré-tradução no Workbench (passo 2). Caso contrário, o resultado será um arquivo apenas em português (ou qualquer que seja sua língua-destino).

Programas indicados na Confência do Proz

Conforme prometido na Conferência do Proz, aqui estão os links que Ana Iaria e eu mencionamos em nossa palestra. Eu já tinha falado sobre alguns deles no blog; nesses casos, coloquei também o link do post.

Antivírus

Avast

Comodo

Anti-spyware

Spybot

Compactadores de arquivo

Winzip

Winrar

7-zip

Backup/sincronização

Dropbox (mais info)

Syncplicity

Syncback

PDF

Abby FineReader (mais info)

Omnipage

Readiris (mais info)

Adobe Reader

Adobe Acrobat

Foxit

CutePDF

Navegadores/extensões

Chrome

Firefox

Delicious Bookmarks (mais info sobre o Delicious)

FireFTP

Xmarks (mais info)

Add to Search Bar (mais info)

Pesquisa

Intelliweb Search

TerminoTrad (mais info)

GoldenDict (mais info)

iGoogle (mais info)

Gerenciamento de glossários e memórias de tradução

Xbench

Copernic

Olifant

Extração de texto de PPTs e caixas de texto do Word

Werecat

PDF da apresentação

2ª Conferência Virtual do Proz

Acabou de chegar email avisando sobre a segunda Conferência Virtual do Proz. Participei da primeira, foi extremamente proveitosa. Um dia inteiro de palestras e chats com colegas de todo o mundo. De casa, em qualquer lugar do mundo, e grátis.

Serão três conferências, separadas por público-alvo:

  • 30 de setembro, para tradutores
  • 13 de outubro, para agências
  • 10 de novembro, para consumidores

O evento para tradutores tratará de temas como tarifas, gerenciamento de projetos, expectativas dos clientes, qualidade, especialização e tradução automática.

O site da Conferência traz todas as informações.

Nos encontramos lá!

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