Arquivos do Trados com .ini. Como traduzir?

Recebi um email da Verônica com uma pergunta relativamente frequente, então resolvi responder por aqui.

 

Recebi um teste e estou com dificuldades para abrir o arquivo, na comunidade do Orkut “Tradutores e Intérpretes” vi  que você já se pronunciou a respeito do assunto que esta me deixando maluca, por isso resolvi te escrever. Sempre leio os posts da comunidade, mas não sou membro, por isso não pude perguntar por lá.
É o seguinte: o teste é para ser feito no Trados(não tenho e nem sei como usá-lo), e os arquivo deve ser aberto com .ini file. Aí começou meu drama, não sei como abrir esse arquivo, não sei se ele foi feito no Trados, só vi as extensões .dtd, .tmx..
Você poderia me dar uma ajuda, me explicando como abro os arquivos?
Vou tentar fazer no Wordfast, se conseguir abrir….

 

Bom, vamos por partes. A Verônica não menciona o tipo de arquivo que recebeu para traduzir mas, se recebeu um .ini junto, vou supor que seja um .ttx. Esse formato é do Trados, mais especificamente do TagEditor, e o .ini serve, basicamente, para explicar ao programa como ligar com as tags e a segmentação. O Trados ainda é usado como “padrão do mercado”, mas várias outras ferramentas podem abrir os formatos de arquivo dele e, na maioria dos casos, funcionam melhor (não gosto nada do Trados, isso não é segredo 🙂 ). As agências pedem Trados, você faz na ferramenta que preferir e todos ficam contentes. Desde que você entregue o arquivo como o cliente pediu.

Ela diz que não tem o Trados, e que vai tentar usar o Wordfast. Não tenho certeza, mas me parece que o Wordfast Pro abre arquivos .ttx. Não sei se ele usa o .ini. Se não usar, a possibilidade de dar problema quando o cliente tentar abrir o arquivo no TagEditor (e ele vai abrir, com certeza, porque precisa re-exportar para o formato original) é grande. O Wordfast Classic não abre arquivos .ttx, pela simples razão de funcionar dentro do Word, e o Word não abre esse formato de arquivo.

Outra alternativa é o memoQ. Traduzo arquivos .ttx nele o tempo todo, já até expliquei como fazer aqui.

Agora, uma observação importante: para poder atender a um número maior de clientes (e, consequentemente, poder ter a chance de conseguir clientes melhores e que pagam mais), é indispensável para a maioria de nós não ficar preso aos formatos que podem ser abertos no Word. A cada dia, diminui mais o número de projetos que recebo em .doc ou .docx e aumenta o número de formatos diferentes. Os .ttx são só um dos formatos. Chegam também muitos .xls, .ppt e .html, por exemplo.

Se você quer prosperar, precisa investir. Em você, no conhecimento, nas ferramentas. Não tem como fugir.

Quimiquês for Dummies na Conferência do Proz

Prometi, semana passada, postar os links para as fontes de bibliografia para estudo de nomenclatura química que mencionei na palestra da Conferência do Proz. Aqui estão:

Guia IUPAC para a Nomenclatura de Compostos Orgânicos. Tradução Portuguesa nas Variantes Europeia e Brasileira, Lidel, 2002 (ISBN 972-757-150-6) – apenas versão impressa

IUPAC – bibliografia para nomenclatura oficial em inglês

Recomendações da IUPAC para a nomenclatura de moléculas orgânicas – artigo de José Augusto R. Rodrigues na Revista Química Nova na Escola

Nomenclatura da IUPAC – Wikipedia

Catálogo da Abiquifi (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica e de Insumos Farmacêuticos)

Translation Journal – série de artigos de Chester E. Claff, Jr. sobre nomenclatura de compostos orgânicos

A internet como fonte de informação bibliográfica em química – artigo de Anderson Rouge dos Santos, Caio Lima Firme e José Celestino Barros para a Revista Química Nova (PDF)

Nomenclatura de compostos orgânicos

Nomenclatura de compostos de coordenação: uma proposta simplificada – Artigo de Ana M. da C. Ferreira e Henrique E. Toma na Revista Química Nova (PDF)

História da nomenclatura química em português – artigo de diversos autores na Revista Química (Sociedade Portuguesa de Química) (PDF)
Quimiquês for dummies

Introdução ao memoQ na Conferência do Proz

Como prometido, aqui está o ppt da apresentação sobre memoQ na Conferência do Proz, no Rio de Janeiro, dia 13/11/11.

Webinars sobre memoQ em novembro

Webinars gravados
Introdução ao memoQ

Pós-conferência: Proz

A Conferência do Proz, que ocorreu no Rio no último fim de semana, representou algumas “primeiras vezes” para mim. As duas mais importantes foram:

1) Foi a primeira vez que falei sobre um assunto não relacionado a tecnologia ou produtividade. Fiquei surpresa com o público da minha palestra sobre química. Sinceramente, não esperava tanta gente. E, o melhor de tudo, eram participantes, não apenas ouvintes. Vou postar todos os links que prometi entre hoje e amanhã, ok?

2) Foi a primeira vez que representei oficialmente a Kilgray, do memoQ, em um evento. Estava bastante nervosa com essa responsabilidade. No fim, deu tudo certo. E ainda aprendi alguns truques que não conhecia! Valeu pelas dicas, Daniel e Ricardo. Vou colocá-las em prática já no próximo projeto.

 

O que não foi novidade na conferência: programa diversificado e interessante, ótimos palestrantes e o contato com os colegas. É sempre muito, muito bom encontrar os amigos e colegas nos eventos. Tradutor é meio “bicho do mato”, trabalha fechado em casa, então quando tem uma oportunidade de sair e se reunir não pode desperdiçar! Infelizmente não pude ficar mais tempo no Rio, estava divertido demais.

Obrigada a todos! E um agradecimento especial ao Filipe Alverca (vulgo @falverca), pela organização primorosa e pelo carinho.

E a Conferência do Proz?

Falta menos de um mês para a III Conferência Brasileira de Tradutores do ProZ.com no Rio de Janeiro! Vou estar lá mais uma vez, mas este ano minhas palestras serão um pouco diferentes.
Primeiro, porque vou falar sobre um assunto que me interessa há muito tempo, bem antes de virar tradutora: química. E sim, eu “virei” tradutora, porque não estudei para isso. Minha faculdade foi de química industrial, não letras nem tradução. Só comecei a traduzir muitos anos depois, por puro acaso, justamente nessa área. E não parei mais, nem pretendo parar tão cedo.
Segundo, porque vou falar sobre o memoQ. Mas desta vez com o aval e o apoio da Kilgray, o que significa bastante para mim. Representa mais responsabilidade, porque desta vez oficialmente falo em nome deles, e também um reconhecimento que me deixa satisfeita e orgulhosa.

Ainda dá tempo de se inscrever.

E então? Nos vemos lá?

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