(Português) CAT tools

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Quem me conhece sabe que gosto muito do Wordfast e detesto trabalhar com Trados/TagEditor. Trabalho, quando preciso, mas de forma alguma é de bom grado.

Nos últimos meses tenho testado alternativas para trabalhar em projetos que tenham formatos de arquivo diferentes de doc, principalmente ttx, que costumo receber e que geralmente precisam do TagEditor.

Testei primeiro o DVX, que se saiu muitíssimo bem com um arquivo de Excel que tinha nada menos que 162 guias. Sim, 162. E só com texto. Não sei por que ainda insistem em colocar texto em planilha de cálculo, mas isso não vem ao caso. O cliente manda, nós traduzimos.
O DVX também lidou bem com ttx, mas na re-exportação sempre deu algum erro. Acabei precisando exportar a memória para depois rodar no TagEditor – arrumando as tags de cada segmento. Processo às vezes trabalhoso, mas que o excelente glossário do DV compensa de longe. O problema da exportação do ttx traduzido deve ser algum detalhe de configuração que ainda não consegui acertar. Já procurei na página de suporte da Atril, mas ainda não achei o erro. Quando descobrir, posto aqui.

O suporte da Atril é rápido e eficiente. Prorrogaram, inclusive, minha licença de teste porque ela venceu no meio do projeto em ttx. Escrevi para eles, expliquei o problema, logo em seguida me mandaram um novo serial temporário.

Agora estou testando o MemoQ. Tem a maioria das vantagens do DVX, com exceção do autoassemble e do recurso de inversão de palavras. Parece que tem o assemble, mas ainda não consegui achar. Preciso de mais tempo.

No primeiro ttx que testei traduzir no MemoQ, tive na re-exportação o mesmo problema no DVX: o TagEditor depois não abria o arquivo e acusava erro de tag. Mas, ao contrário do outro, no MemoQ consegui resolver o problema copiando as tags com problema do segmento source e colando no target manualmente. Depois disso, exportei novamente e o TagEditor abriu como se tivesse sido traduzido nele.

Coincidentemente, três dias depois de instalar o MemoQ um cliente agência me pergunta se conheço a ferramenta. Agora estou trabalhando em um projeto com servidor online. O arquivo a ser traduzido, a memória e a base de terminologia (glossário) ficam no servidor do cliente. Mesmo assim, posso usar ao mesmo tempo minhas memórias e meus glossários pessoais, contanto que mantenha os dos cliente como principais. Até agora, tudo funcionando muito bem, muito mais rápido do que eu imaginei a princípio.

Tanto o DVX quanto o MemoQ trabalham em ambiente próprio, fora do Word. Isso, por um lado, causa uma estranheza inicial, mas por outro permite que trabalhemos com outros formatos de arquivo que não podem ser abertos no Word. Ainda não testei, mas já me disseram que ambos lidam muito bem com arquivos ppt, por exemplo.

Outra semelhança entre ambas as CATs é que agrupam todos os arquivos, trabalhando como se fossem um só. Mesmo que sejam 5 docs, 3 xls, 1 ppt e 2 ttx. A sopa de letrinhas vira um único arquivo em duas colunas: o original na coluna da esquerda e a tradução na da direita.

Preciso me decidir, agora, sobre qual dos dois comprar. Por enquanto estou pendendo para o MemoQ, por causa da promoção especial para usuários de Trados: 350 euros. Não é pouco, na verdade, mas vale a pena. Uma boa ferramenta CAT facilita demais nossa vida: aumenta a uniformidade da terminologia e, portanto, a qualidade do trabalho final, em menos tempo.

O tal projeto online tem me ocupado bem mais do que previ no início, mas assim que terminá-lo pretendo fazer uma análise mais detalhada do MemoQ. Não percam os próximos capítulos.

5 Replies to “(Português) CAT tools”

  1. Errata:

    Disse que consegui pôr o MemoQ a trabalhar numa tarde…

    É verdade, consegui fazer o que tinha a fazer numa tarde, ou seja, usar as funções de base que se esperam de um ambiente de tradução integrado TEnT / CAT…

    No entanto, continuo, ainda hoje passado vários anos, a descobrir e experimentar funções avançadas dessa ferramenta absolutamente extraordinária.

    Resumidamente, eu dira que o MemoQ é :
    – versátil
    – poderoso
    – e no entanto, muito simples de usar.

    Em relação às características técnicas do MemoQ, tem muitas :

    – tradução em grelha, por segmentos, com isençaõ da preocupação com a formatação dos documentos
    – pre-visualização do resultado final, onde o texto traduzido vai aos poucos substituir o texto original
    – gestão de glossário integrada, tanto para inserção de novos termos bem como para extração de termos, enquanto se traduz na grelha
    – alinhamento para reaproveitamento de textos já traduzidos sem ferramenta de tradução assistida
    – possibilidade de conectar várias memórias de tradução e glossários ao mesmo projecto
    – possiblidade de acesso a recursos remotos, centralizados e partilhados num servidor próprio
    – possibilidade de trabalhar em rede, em grupo, a partilhar recursos em tempo real, permitindo de dividir tarefas em paralelo : tradução, revisão, pesquisa de terminologia, aspectos de formatação dos documentos a produzir : tudo isso ao mesmo tempo e feito por várias pessoas em paralelo, ou seja um ganho de tempo inestimável para trabalhos grandes e/ou urgentes, sem contar a garantia de qualidade e homogeneidade do texto produzido que isso representa
    – compatibilidade com muitos formatos de documentos (ver site, lista em constante evolução), incluindo o standard internacional XLIFF
    – compatibilidade com outras ferramentas de tradução assistida
    – compatibilidade das memórias de tradução com formatos standard, TMX
    – possibilidade de importar memórias de tradução e glossários feitos com formatos proprietários (a famosa tabela Excel cheia de termos em N línguas, como quase todos nós fizemos antes de saber que existiam ferramentas próprias para isso, ou antes de nos decidirmos a investir dinheiro nelas).
    – …

    Enfim, a lista é longa…
    Será melhor verem no site da Kilgray Translation Technologies (http://www.kilgray.com), pois há tantas que não cabiam aqui 🙂 e que esta lista já seria desactualizada amanhã 🙂

    Abraço,

    Martin Bruckmann
    Lexikon
    Aveiro
    Portugal

  2. Oi Val e demais,

    Vejam no Blog do Sr. Kevin Lossner : ele também detesta o Trados e usou, durante muitos anos, o DejaVu, com o qual criou uma memória de tradução colossal.

    Um dia, ele experimentou o MemoQ.

    Agora, continua usando o DVX mas usa e abusa do MemoQ para tudo o que pode, e reaproveita o seu acervo de TM do DVX sem problema nenhum.

    Eu pessoalmente tive a sorte de não ter os vícios de mais nenhuma outra ferramenta, nem clientes exigentes neste aspecto. Comecei com o MemoQ, que consegui pôr a trabalhar numa tarde sem ajuda absolutamente nenhuma, e uso-o para todas as traduções que faço.
    E se alguém exigisse algum formato em particular (como já tem acontecido, claro), posso produzir com o MemoQ documentos completamente compatíveis com o Trados.

    Não conheço o DVX, nem o Trados, confesso, e segundo vejo nos blogs de tantos tradutores pelo mundo fora, nem quero conhecer… 😉

    Por mim, é MemoQ, sem dúvida.

    Experimentem-lá : 45 dias sem compromisso, versão completa. Já ninguém dá isso hoje em dias.
    Também se quiserem, eles dão (dão de "dar", mesmo, ou seja, gratuitamente…) formação on-line sobre a ferramenta.

    Mais info em http://www.kilgray.com

    Abraço,

    Martin Bruckmann, Aveiro, Portugal

  3. Assim que der vou instalar o Across e ver como funciona. O que falta é tempo para experimentar tanta coisa e ainda conseguir trabalhar! 😉

    O MemoQ se saiu muito bem no projeto online. Gosto cada vez mais dele.

  4. Também experimentei o Across. Além da versão pessoal ser grátis, achei bem fácil de usar e o suporte é muito bom, com muitos vídeos e seminários online grátis.

  5. Também estou me animando com o MemoQ. Neste momento estou traduzindo uma série de PPT com o TagEditor e, como sempre, estou detestando, mas pelo menos está dando certo. Não quero ficar fazendo testes agora com um projeto concreto. Prefiro deixar os testes para depois, com mais calma. Mas as perspectivas são boas – aliás, ótimas – para o MemoQ.

    Aliás, já trabalhei com o Across e gostei bastante. Qualquer dia desses faço uma review dele no meu blog.

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